APRESENTAÇÃO
da disciplina de Área de Projecto
"Viver (n)a Maia" 29 de Maio de 2009
Questões colocadas pelos alunos
1º Quais são as maiores dificuldades que um cidadão com deficiências motoras enfrenta no Concelho da Maia?
A maior dificuldade que um cidadão com deficiências motoras enfrenta no concelho da Maia é a mesma que enfrenta no resto do País, a falta de vontade politica para aplicar o que está determinado no decreto lei sobre acessibilidades, escandalosamente tem sido revogados, dando sempre mais tempo para sua não aplicação.
Dando possibilidade de diversas construções que continuam alheias ás normas sobre acessibilidade, pior ainda é de algumas que disfarçadamente contornam o problema com rampas mal construídas ou então com elevadores que curiosamente deixam de funcionar.
Os autarcas dizem que estão ao lado das pessoas com deficiência, mas a realidade é outra.
Vejamos o que se passou com a visita de estudo deste grupo de alunos ao edifício da Câmara da Maia .
O grupo de alunos do 12º ano da escola secundaria da maia deslocaram-se em visita de estudo á câmara municipal com o objectivo de verificarem as acessibilidades ao salão nobre onde se realizam as Assembleias Municipais, depois da recusa, foi explicado pelos alunos e por mim, que não era intenção entrar no sala, era só ver os acessos á entrada da sala, mesmo assim não foi autorizado, ficando a visita de estudo incompleta, por não haver sensibilidade para o caso, ou medo que os alunos comprovassem que as Pessoas deficientes não tem acesso á sala da Assembleia Municipal.
O Sr. Presidente da Câmara dá uma entrevista a um jornal da Maia em 2006 dizendo a câmara impede que coloquem obstáculos nos passeios, mas mais tarde essas entidades pões esses obstáculos sem que a câmara se aperceba.(que fazem os fiscais da câmara)?
Estimados alunos e presentes, a realidade é que o mês passado informei a câmara (o Sr. Presidente) que a EDP estava a colocar armários numa zona habitacional com passeio de 1,05 de largura limitando-o a 70 cm. E o que a câmara fez?
Nada para que os deficientes motores possam circular no passeio e ter qualidade de vida,
2. O Concelho da Maia oferece algumas vantagens/aspectos positivos aos cidadãos com deficiências motoras?
O que me deu a saber foi que a Câmara da Maia apoia determinados organismos relacionados com pessoas deficientes, mas de concreto não conheço,
Não tenho conhecimento de nada na Maia que seja positivo para os deficientes, questiono, será que a Maia cumpre as quotas de emprego para deficientes?.
A Maia não tem criado nenhuma actividade física para a população deficiente, é lamentável que a Maia sendo em tempos considerada a capital do desporto não possua nenhuma instalação desportiva para pessoas com deficiência.
Onde treinam os atletas paraolimpicos residentes não Maia, o Pedro Clara (Boccia), a Diana Guimarães, (Natação), e outros.
Em termos de transportes públicos, os deficientes são esquecidos, os autocarros do STCP na maioria deles as rampas de acesso não funcionam, na minha área de residência Vila Nova da Telha tentei por (6) vezes apanhar o autocarro 602 e fiquei em terra por as rampas não funcionarem.
O Metro por vezes vem cheio não sendo possível a entrada com a cadeira de rodas, tendo de esperar por outro mais 30 minutos, um deficiente uma hora numa estação que não tem WC mais 45 minutos para chegar a casa, total 2 horas sem poder ir ao quarto de banho, será isto serviço Publico? As pessoa deficientes e as minorias são marginalizados.
Cabe a vós jovens, aos deficientes e aos autarcas, lutar para que estas situações melhorem.
3. De que forma pensa que o Conselho Municipal do Cidadão com Deficiência pode melhorar a vida dos cidadãos com deficiência que vivam na Maia?
O C.M.C,D. a meu ver vem dar resposta a diversas questões, o Conselho Municipal do Cidadão com Deficiência tem o dever moral e cívico de tudo fazer para que á Câmara Municipal cumpra o Decreto Lei 163/2006 e a eliminação de todas as barreiras arquitectónicas na Maia.
As expectativas dos deficientes e minhas são grandes, fui um dos impulsionadores para que se cria-se o Provedor do cidadão deficiente na Maia, que deu origem a este Organismo, as minhas expectativas de que este organismo venha trazer algo de positivo para a comunidade deficientes na maia são altas, para bem de todos esperemos que não falhe.
4. Se tivesse poder de decisão, que medidas tomaria para melhorar a vida dos cidadãos com deficiência que vivem no Concelho da Maia?
Se eu tivesse poder de decisão na Maia, fazia todos os esforços para eliminar todas as barreiras arquitectónicas, para que os deficientes motor, os Visuais, os Auditivos e outros, tivessem melhor qualidade de vida, mandava construir acessos de acordo com o Decreto Lei 163/2006 que embora tenha deficiências, já melhoraria substancialmente a mobilidade da Pessoa com locomoção reduzida.
Também fazia todos os esforços para que se criasse actividades desportivas para pessoas com deficiência, não tendo de recorrer a outros conselhos vizinhos para fazer Actividade Desportiva.
As normas comunitárias dizem que em zonas habitacionais as Autarquias devem dar prioridade ás Pessoas e não aos carros, eu se manda-se cumpriria as normas comunitárias.
Jovens, em meu nome e de todos os deficientes, um obrigado por serem como são activos na defesa de melhores condições de acessibilidade, vocês são a esperança e o futuro de um País melhor para todos,(SEM BARREIRAS).
Um bem haja ao grupo "Viver (n)a Maia", disciplina de Área de Projecto, turma I do 12º Ano da Escola Secundária da Maia
João Couto Lopes
sábado, 30 de maio de 2009
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2 comentários:
Querido Senhor João,
Obrigada por tudo:
Pelo seu contributo indispensável, Pelo seu testemunho,
Pela sua experiência,
Pelo exemplo incrível,
Por ser uma inspiração,
Pelo carácter íntegro,
Pela força e dinamismo,
Por não baixar os braços,
Por lutar por uma sociedade mais justa,
Pela prestabilidade e disponibilidade,
Pelo sentido do humor e alegria,
Pela amabilidade, simpatia e disponibilidade,
Pela amizade.
Este trabalho despertou-nos para uma realidade à qual ainda não tínhamos dispensado a atenção necessária e que merece. Dizer que foi enriquecedor é pouco. Dizer que foi importante é pouco. Foi FUNDAMENTAL este trabalho, a todos os níveis. Sentimos que temos uma responsabilidade a nosso cargo: lutar por esta causa. Todos os jovens têm de senti-la e transformá-la em acção, intervenção, mudança! Era tão importante que os jovens ouvissem, vissem e contactassem com pessoas como o Senhor João, para ter uma outra compreensão do que é a deficiência. Era importante que o Senhor João partilhasse todo o seu conhecimento, informação, experiência e testemunho.
Senhor João, assim como esteve sempre aqui para nós, estaremos sempre aqui para si. Qualquer projecto que precise do nosso envolvimento. Qualquer levantamento de barreiras arquitectónicas que exija a nossa participação. Qualquer causa que implique a nossa intervenção.
Este trabalho não acabou na apresentação. Este trabalho foi uma ponte para uma maior intervenção cívica da nossa parte. Este trabalho abriu portas que nunca mais queremos fechar, Senhor João.
Por favor, nunca baixe os braços (nós sabemos que não).
A admiração por si está mais que redobrada.
PS: falou muito bem na apresentação, tocou nos pontos fulcrais
Um grande abraço do grupo. Pode continuar a contactar-nos pelo email do grupo (também pode adicionar o email: ana_camacho_2_@hotmail.com)
Querido Senhor João,
Obrigada por tudo:
Pelo seu contributo indispensável, Pelo seu testemunho,
Pela sua experiência,
Pelo exemplo incrível,
Por ser uma inspiração,
Pelo carácter íntegro,
Pela força e dinamismo,
Por não baixar os braços,
Por lutar por uma sociedade mais justa,
Pela prestabilidade e disponibilidade,
Pelo sentido do humor e alegria,
Pela amabilidade, simpatia e disponibilidade,
Pela amizade.
Este trabalho despertou-nos para uma realidade à qual ainda não tínhamos dispensado a atenção necessária e que merece. Dizer que foi enriquecedor é pouco. Dizer que foi importante é pouco. Foi FUNDAMENTAL este trabalho, a todos os níveis. Sentimos que temos uma responsabilidade a nosso cargo: lutar por esta causa. Todos os jovens têm de senti-la e transformá-la em acção, intervenção, mudança! Era tão importante que os jovens ouvissem, vissem e contactassem com pessoas como o Senhor João, para ter uma outra compreensão do que é a deficiência. Era importante que o Senhor João partilhasse todo o seu conhecimento, informação, experiência e testemunho.
Senhor João, assim como esteve sempre aqui para nós, estaremos sempre aqui para si. Qualquer projecto que precise do nosso envolvimento. Qualquer levantamento de barreiras arquitectónicas que exija a nossa participação. Qualquer causa que implique a nossa intervenção.
Este trabalho não acabou na apresentação. Este trabalho foi uma ponte para uma maior intervenção cívica da nossa parte. Este trabalho abriu portas que nunca mais queremos fechar, Senhor João.
Por favor, nunca baixe os braços (nós sabemos que não).
A admiração por si está mais que redobrada.
PS: falou muito bem na apresentação, tocou nos pontos fulcrais
Um grande abraço do grupo. Pode continuar a contactar-nos pelo email do grupo (também pode adicionar o email: ana_camacho_2_@hotmail.com)
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